sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um conto que não é de fadas

NARRADOR - Era uma vez uma linda mocinha que morava no interior de São Paulo.
Ela era muito pobre e vivia com sua mãe numa pequena fazenda. Ela sonhava em passear na cidade grande para visitar sua irmã que lá morava, só que ela não tinha condições de ir visitá-la.
Sua mãe sofria de uma doença terminal. Passados alguns dias sua mãe veio a falecer. Desde então Maria tivera que morar com sua irmã em São Paulo. Por um lado ela estava feliz em conhece a cidade que tanto sonhava, mas por outro lado estava triste pois acabava de perder sua mãe. Maria foi carregando uma tristeza enorme no peito. Quando chegou em SP achou tudo muito lindo e disse consigo mesma:

MARIA – Isso é tudo que sonhava.
NARRADOR - O tempo foi passando e tudo que era sonho se tornara pesadelo, pois ouvia sempre no noticiário os roubos e assassinatos, sem o mínimo sentido para ela. Um dia Maria estava passeando pela cidade quando de repente foi parada por homem que aparentava ter uns 35 anos. O mesmo perguntou:
FERNANDO - Qual seu nome?
MARIA – Maria.
FERNANDO – Quantos anos você tem?
MARIA – 15 anos senhor.
FERNANDO – Você é muito linda. Não gostaria de ser modelo, Maria, e poder ajudar sua família?
MARIA – Como o senhor sabe que minha família precisa de ajuda?
FERNANDO – Vejo em seus olhos. Você aceita trabalhar para mim, viajar, conhecer lugares novos, aprender novos idiomas, e tudo mais que você sonhar?!
NARRADOR – Maria ficou entusiasmada com tudo que ouvira do homem, mas parou e pensou um pouco, e indagou:
MARIA – Sinto muito mas não posso responder agora, pois sou muito nova e preciso da permissão da minha irmã.
FERNANDO – Não se preocupe. Posso te levar até sua casa, e pedir eu mesmo a autorização da sua irmã.
NARRADOR – Maria aceitou a proposta do homem e foram até sua casa. Lá chegando o homem entrou e Maria apresentou sua irmã.
MARIA – Ana esse é Fernando. É dono de uma agência de modelos e veio pedir permissão para eu trabalhar com ele e assim poder ajudar em casa.
ANA – Você tem minha permissão. Estamos mesmo precisando de dinheiro.
NARRADOR – Maria ficou contente em poder trabalhar e ajudar sua irmã.
Porém , elas não imaginavam que ele era um traficante de meninas. E que as levava para o exterior para se prostituírem.
Fernando a levou na agencia e marcou seu primeiro trabalho. Maria adorou, pois adorava tirar fotos . Mas o que ela não sabia é que as fotos seria o primeiro passo para uma viajem sem volta.
Mais tarde Maia foi avisada de que iria viajar. Maria aceitou e assim foi. Quando chegou lá , pensou que ia tirar fotos, desfilar ou coisa parecida. Mas não foi assim, Maria foi obrigada a se prostituir.

(CENÁRIO DA BOATE, COM HOMENS E MULHEES BEBENDO E DANÇANDO).

Tentou fugir mas não conseguiu e na primeira tentativa foi assassinada pelo mesmo homem que um dia lhe ofereceu ajuda.
Isso não é um conto de fadas que acaba com um lindo final feliz como estamos acostumados a ouvir. E sim a realidade do mundo em que vivemos.
Podemos tirar dessa história que muitas vezes as dificuldades que enfrentamos nos dias de hoje, nos leva a aceitar tudo o que aparece pela frente, sem saber que podem estar nos conduzindo a um caminho sem volta, como aconteceu com Maria.

Texto produzido pela aluna Josineide da 8ª série EJA

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