terça-feira, 26 de maio de 2009

A ladeira da morte



Numa cidadezinha do interior do Tocantins, tem uma ladeira muito conhecida pelos acidentes e mortes que aconteceram nela.



Dizem que coisas assustadoras acontecem por lá. Na verdade não é só na ladeira, mas na estrada que passa por ela.


Uma das histórias da qual me lembro agora é a respeito de uma jovem.


Há muitos anos atrás, uma jovem veio do Maranhão com o namorado passar o final de semana nessa cidadezinha. Deveria ser um final de semana normal, como qualquer outro. Porém as coisas não sairam como o planejado. Pra começar, a jovem saiu de casa escondida, mentindo. Seus pais não tinham idéia de que ela estivesse vindo pro Tocantins com o namorado.


Seu namorado trabalhava com montagem de som numa equipe que animava festas. Ao chegar no local onde o som seria montado ele começou seu trabalho, e a garota resolveu então chamar uma amiga para irem juntas a um povoado não muito distante dali. Pediram duas bicicletas emprestadas e partiram. Nesse povoado morava uma tia da jovem. A estrada não era muito boa, cheia de elevações e curvas, e era uma estrada de chão (pedras e muita poeira). Não demoraram muita a chegar na casa da tia. A garota não sabia o que ainda estava por acontecer. Terminada a visita resolveram voltar antes que ficasse muito tarde e a noite caisse. Na volta, a poucos quilômetros do povoado, na ladeira perigosa, a amiga resolveu não arriscar e desceu empurrando a bicicleta, a jovem porém, mostrou-se corajosa para enfrentar aquela ladeira, o que seria sua última demonstração de coragem. Desceu, desequilibrou-se, perdeu o controle da bicicleta e... levou um tombo gravíssimo, batendo fortemente com a cabeça. Teve traumatismo craniano. foi levada para o hospital por um carro que passava pelo local. Transferida para sua cidade, vindo a falecer poucos dias depois. A tragédia chocou os habitantes do lugar.





Anos mais tarde, um jovem motorista precisou ir até o povoado a noite para trazer um doente para o hospital. O lugar não dispunha de transportes e em casos de urgência, ligavam para a cidadezinha e a prefeitura enviava o carro. A ambulância estava quebrada e o rapaz dirigiu uma pampa, um carro pequeno de carroceria.


Bem, o rapaz que ouvira muitas histórias sobre aquela estrada estava muito assustado, pois teria de fazer aquele percurso sozinho e a noite já avançava. Buscou coragem onde não tinha e partiu... Ao se aproximar da ladeira, olhou pelo retrovisor e teve uma visão assustadora. Uma mulher vestida de branco estava agarrada à carroceria do carro e voava como uma bandeira ao vento, seus olhos eram como duas brasas e seus cabelos longos estavam soltos ao vento. Nesse momento aquele jovem motoristas foi tomado de terror, desviu o olhar para ter certeza de que tudo não passara de ilusão causado pelo medo. Então voltou a olhar no retrovisor... lá estava ela, como antes agarrada ao carro. Ele acelerou o mais que pode e ao se aproximar do povoado sua passageira desceu do carro. O rapaz ficou em pânico e não conseguiu dirigir de volta. veio junto com o doente que fora buscar e muitas pessoas acompanharam. Quem veio dirigindo não lembro. Mas sei que desde então ele nunca mais dirigiu sozinho naquela estrada.

Obs. Essa história é baseada em fatos reais...Parece lenda, mais não é!!!!

A lenda do carro preto


Quando eu era menor, e claro mais novo, minha mãe gostava de me colocar medo para eu não sair pra rua. ela dizia que havia um carro preto que pegava as crianças e matava. Pegava as crianças que andavam na rua, matavam, tiravam seus órgãos e depois jogavam os corpos no rio. Com essas histórias eu ficava com muito medo e por isso era difícil eu sair de casa. O tempo foi passando e eu fui perdendo o medo. Agora eu já assusto outras crianças. Assim continuam os mais velhos assustando os mais novos.




Texto produzido pelo aluno Bruno Lopes da Silva


Turma de Aceleração da Aprendizagem do 6º ao 9º ano

O galo e a raposa




O galo cacarejava em cima de uma árvore. Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e fosse o prato principal de seu almoço.-Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? – perguntou a raposa.
-Não. Que novidade é essa?
-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá apenas paz, harmonia e amor.
-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.
-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a raposa.
O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.
-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.
-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.
-Bem…nesse caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.
-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.
-Talvez eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.



Moral: é preciso ter cuidado com amizades repentinas.






Sugestões de atividade:






  • Retirar do texto alguns substantivos ( ou outra classe de palavras, conforme o conteúdo em trabalho) e pedir que os alunos completem as lacunas.
  • Fazer um caça palavras com palavras do texto.
  • Pedir aos alunos para ilustrar a fábula.
  • Reescrever a fábula mudando o desfecho.
  • Dar uma nova moral para a narrativa.